quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Política de Habitação - Era FHC

A posição oficial sobre a “política habitacional” da era FHC está explicitada em dois documentos:

“Política Nacional da Habitação”, de 1996 (apud Santos,1999) e “Política de Habitação" e diagnosticaram a evidente ineficiência do sistema, e, segundo Santos, estão ancorados sob quatro premissas básicas:

1) a focalização de políticas públicas voltadas para a área habitacional no atendimento a camadas populacionais de baixa renda (85% do déficit);

2) a necessidade de descentralizar e aumentar o controle social sobre a gestão dos programas federais de habitação;

3) o reconhecimento, por parte do governo, da sua incapacidade de resolver sozinho o problema habitacional do país e da necessidade de tentar melhorar o funcionamento do mercado de moradias no Brasil;

4) o reconhecimento, de políticas públicas não devem negligenciar a grande parcela da população de baixa renda do país que trabalha no setor informal da economia e /ou habita moradias informais (Santos,1999,p.22).

A partir dos diagnósticos, permanece o Habitar Brasil e se estrutura o Pró-Moradia. Ambos os programas prevêem que os estados e municípios apresentam projetos ás instâncias federais que decidem, ou não, a liberação de recursos. Os técnicos levam em conta a disponibilidade de recursos de qualidade. O papel de gestor de políticas públicas vendo fortalecido pelos municípios brasileiros, ao menos por aqueles que conseguem ter uma receita fiscal própria. Segundo trabalho recente de Rolnik e Domekh (2001) a participação dos municípios na receita total disponível aumentou de 9,5% (1980) para 16,9% (1992) .Ao mesmo tempo, e de maneira desproporcional, aumentou as competências municipais no setor social de saúde, educação, assistência social e habitação.

A transferência de poder decisório para o município tem duas vertentes, segundo Rolnik e Somekh. A primeira, com um perfil democratizante, compreende a descentralização como a forma de maior participação dos cidadãos no controle e responsabilidade social. Na segunda, o interesse está ficando nos processos de modernização gerencial da gestão pública, o que significa o aumento da eficiência.

A palavra de ordem do governo de Fernando Henrique Cardoso foi a descentralização administrativa. Como exemplo citamos as acirradas discussões travadas na Conferência de Assentamentos Humanos da Onu – Habitat II, sediada em Istambul, em 1986, na qual foi realizada uma Assembléia Mundial de Cidades. Chegou-se a discutir a possibilidade de uma Federação Mundial de Cidades ocupar um lugar no Conselho das Nações Unidas. A esse respeito, Maricato faz uma importante observação: a agenda do Habitat II está uma das questões necessárias para o sucesso da Política de Habitação é a preparação do aparato institucional-administrativo dos governos municipais, tendo em vista ser esse o nível de governo mais próximo da comunidade e dos problemas a serem enfrentados. Há que se assegurar a escolha e aplicação adequadas de programas e projetos deles decorrentes e, também a criação de condições para uma atuação preventiva e indutora, de tal maneira que as energias geradas pelo esforço da própria população na edificação de seu habitat possa ser aproveitadas de forma racional e eficiente.(Programa Habitar Brasil/BID2000,p.1-2)



quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Políticas de habitação e a legislação

O direito á habitação foi incluído como um dos direitos fundamentais do cidadão brasileiro, juntamente com saúde e educação, somente em março de 1999, através da emenda constitucional. Apenas o reconhecimento formal de direito não resulta em práticas eficazes para solucionar a carência de habitação no país. De qualquer forma, a presença da questão habitacional e mais amplamente, da questão urbana na lei tem um histórico de mobilização popular.
Durante a década de 80 os seguimentos envolvidos de forma com a questão da habitação se articularam em nível nacional através do Fórum de Reforma Urbana e o esforço resultou na elaboração de uma proposta para a Assembléia Nacional Constituinte concretizada na Emenda Popular da Reforma Urbana. Segundo Laverdi:
No decorrer da década de 80, questão urbana constituiu-se como problema nacional, mesmo porque foi visualizada por uma verdadeira teia de movimentos populares que se articularam numa infinidade de entidades por todo o país. Nesse contexto, situavam: movimentos populares de creches, mutuários do BNH, inquilinos, loteamentos clandestinos e irregulares, moradores de cortiços, favelados, mutirantes, movimentos e outros. (Laverdi, 1999 ,p.171).
A Constituição de 1988 municiou as gestões municipais para a solução de problemas estruturais, a saber. Artigo 23 dispõe que “é competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ... promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais”. No capítulo da Política Urbana, o artigo 182, parágrafo 1º, estabelece: “O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana”. A partír deste instrumental, os governantes municipais teriam mecanismos jurídicos para, solucionar, ao menos amenizar um grave problema que é de moradia para a população de baixa renda e diminuir as gritantes desigualdades no acesso ao solo urbano. A Constituição também concedeu amplos poderes ao poder municipal para coibir as especulações imobiliárias e punir os especuladores.
Após o Impeachment do presidente Collor em 1992, o governo Itamar Franco procedeu ás alterações na área da habitação popular, iniciando uma política de descentralização e parceria com os Estados e Municípios .Os primeiros programas Habitar-Brasil e Morar-Município foram estruturados.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

A questão da Habitação

Na luta pela sobrevivência, a habitação constitui aspecto central nas necessidades humanas básicas, sendo curioso e completo a maneira como as sociedades só organizam dentro de seu contexto histórico diante dos problemas do abrigo ou moradia.
Desde as cavernas primitivas até os finíssimos apartamentos atuais, muitas têm sido as modalidades de moradia e opções arquitetônicas deixando evidente que a demanda por moradia depende das condições.
Materiais e culturais de cada localidade e de cada grupo de indivíduos.
Exemplo dessa diversidade são os iglus da esquinas, as ocas das aldeias indígenas, tendas africanas ou as barracas de grupos nômades, e no Brasil, as senzalas para abrigar a força de trabalho escravo, as casas de pau-a-pique e cobertas de sapé, muito comuns no meio rural, os casarões de madeira com alicerce em alvenaria emerguido de 50 a 80 centímetros do chão, no sul do país, propiciadas pela enorme quantidade de madeira outrora disponível. A solução do problema da moradia ganha contornos que participam da vida social.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Envelhecer Bem

Envelhecer bem depende das chances do indivíduo quanto a usufruir de condições adequadas de educação, urbanização, habitação, saúde e trabalho durante todo o percurso da vida. Essa adequação é evidentemente relativa às estruturas e ao valor vigentes na sociedade, mas é de se esperar que em um sistema social estável, que valoriza o ser humano para além dos critérios de produtividade econômica, as pessoas tenham condições mais favoráveis para uma velhice satisfatória. É também importante para a sociedade lidar com as crenças vigentes em relação à velhice, tanto para saber o que determina como para identificar suas conseqüências sobre o bem – estar do idoso.
A auto – valorização e o bem – estar do idoso origina-se da satisfação de cumprir as metas de uma vida e reflete a qualidade das interações com a família e com os amigos.
Velhice não é doença e o idoso não esta necessariamente mais perto da morte.
O envelhecimento da população é um fenômeno demográfico, é preciso enfrentar tal expectativa e criar políticas públicas que melhorem as condições do idoso e leis que protejam os mesmos do não cumprimento do Estatuto do Idoso. Cada organismo é caracterizado por uma serie de transformações comportamentais, que se organizam de forma singular; é a individualidade e o envelhecimento intrínseco, que dura da concepção à morte, e não a idade cronológica, o determinante básico do desenvolvimento e do envelhecimento.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

História da Habitação no Brasil - Parte II

Os anos 70, os argumentos para industrialização da construção brasileira se efetivem urgentemente, assim como na década de 50, comparece no artigo (Acrópole, 1970 nº 380, p.32.37) do arquiteto de Walter Gropius que a moradia é um “problema de necessidade de massas”. Sendo assim, nega a possibilidade de qualquer intervenção do usuário no processo industrial de fabricação de casas e amplia a atuação dos técnicos no alcance de resultados satisfatórios no que se refere à economia, mas também, tecnologia e forma. No que se refere ao foco de atenção, duas mudanças significativas devem ser ressaltadas. A primeira, em relação á importante análise crítica sobre as políticas públicas habitacionais e os processos de produção no canteiro de obras bem como as diretrizes do urbanismo e das habitações do movimento moderno. A segunda, referindo-se às experiências dos projetos habitacionais internacionais da Argentina e Cuba, e não mais somente os da Europa.
Outra crítica, feita por Ermínia Maricato, refere-se às contradições entre os equipamentos consumidos e a qualidade da construção e do espaço das moradias. Seu artigo (Módulo, 1982, nº69, p.28-30), mostra que “o interior da casa popular revela, aos olhos de quem o analisa, as contradições da vida doméstica, do universo ideológico, do padrão de consumo criado pelo tipo de crescimento industrial adotado pelo capitalismo brasileiro a partir dos anos 50, que se combina contraditoriamente a uma situação de baixo poder aquisitivo e de precariedade das condições de vida das massas trabalhadoras”.
Os anos 1990, nesse período, crescem a divulgação de projetos de pesquisas vinculadas à questão habitacional realizadas, sobretudo, nas universidades brasileiras. Mas também, práticas alternativas às existentes começam a fazer presença. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo, (NUTAU/USP), apresentado no artigo.
(Projeto, 1996, nº. 193, p 24), que tem o principal objetivo de aumentar a eficiência da autoconstrução no país através da oferta de pré-fabricados adequados. Outro exemplo são os edifícios do alojamento de estudantes, da creche-escola, do restaurante e do centro comunitário, construídos em pré-fabricados de cerâmica.
A presença da habitação como tema de discussão parece garantida ainda por décadas. O pré-debate da Conferência das Nações Unidas de Istambul, 1996, relacionou não só a moradia como foco de atenção, mas naturalmente, suas vinculações como urbanização, posse de terra, gestão urbana e mesmo a participação feminina, além do “direito à saúde”, instaurado por Henri Lefébvre na década de 60.
A medida que avançamos nas pesquisas verificamos que a questão da gestão urbana , e o acesso mais democrático á habitação no seu bojo, entraram sim na pauta das preocupações dos atores políticos, e foram com concretizadas nas Leis Orgânicas Municipais e Planos Diretores. No obstante, a transposição de alguma vontade política expressa em lei não significou a viabilização de projetos rigorosos e coerentes para garantir um acesso mais democrático à cidade para as camadas populares. Os obstáculos são de ordem legal e também política. Vemos ocorrer à regulamentação dos artigos 182 e 183 da Constituição Federal após longos anos (Lei nº 10.257 de Julho de 2001 – Estatuto da Cidade), os artigos previam a possibilidade de uma administração do espaço urbano de forma mais democrática, instituindo diversos mecanismos que permitiriam uma maior intervenção no espaço, entre eles a taxação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) progressivo no tempo, para áreas não constituídas.
A realidade é que, cada vez mais, cidades de porte médio são apontadas como excelentes locais para se viver e se investir. Aparecem frequentemente como “ilhas de prosperidade”. No decorrer da década de 1990, a imprensa descobriu a existência de um Brasil de interior pujante, no qual cidades médias oferecem um pouco de tudo que as grandes capitais dispõe. As cidades de Londrina, Maringá e Cascavel são pólos regionais do Paraná, contudo estão rodeados de várias cidades menores, extremamente dependentes do centro e que exercem e que exercem a função de cidades dormitório.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Histórico da Habitação no Brasil - Parte I

Na época de 1920, os discursos das revistas examinadas se centram na idéia de que construção de “habitações higiênicas” pelo poder público resolveria o problema habitacional.
Tais habitações substituíram os “casebres” e as “casas de cômodos”, considerados a origem de quase todos os males.
Nos anos 30 ainda que sejam apresentadas mudanças significativas na produção da habitação durante a década de 30, algumas propostas alternativas. Como exemplo, temos a indicação de um outro modo de viver que rompe a hierarquia dos espaços rígidos por meio de um ambiente integrado, dividido por cortinas e sem espaços de serviço.
Nos anos 40, alguns preceitos, já apontados nos anos anteriores, são ampliados nesta década como, por exemplo, àqueles ligados às ações higienistas a ao controle social da população. Além disso, a produção das unidades habitacionais coletivas, articuladas com outras funções como restaurante, lavanderias, enfermaria, assim como espaços para crianças, lazer e práticas esportivas, começam a ser publicadas como solução para a insalubridade presente nas moradias isoladas – casarões, mocambos, favelas e cortiços. É inevitável perceber que a política habitacional brasileira, aquela época, já começava a se referenciar aos conceitos e ás estratégias de projeto de habitação coletiva receitada pelo movimento moderno internacional.
Anos 50, nesse período, os projetos e construções dos grandes conjuntos habitacionais, emblemáticos do movimento moderno brasileiro a ser legitimado, fazem-se presentes, orientados pela premissas já apontadas nos artigos da década anterior – a produção seriada de unidades habitacionais coletivas (moradia mínima) associada aos serviços como restaurantes, lavanderias, enfermarias, locais para crianças, passeios e práticas esportivas.
Nos anos 60, a divulgação de projetos de unidades habitacionais associados aos serviços continua, porém, como foco secundário da discussão. A promulgação dos componentes pré-fabricados, aliados ao estímulo crescente da industrialização da construção, comparece como solução central ao problema habitacional brasileiro. Hoje sabemos que a promoção da industrialização da construção não foi suficiente para minimizar os dados estatísticos referentes déficit habitacional brasileiro, estimado em 2005 em quase oito milhões de unidades, segundo a Fundação João Pinheiro. 
A pré-fabricação era também usada nos projetos dos grandes conjuntos habitacionais financiados tanto pelo governo, por meio do Banco Nacional de Habitação (BNH), quanto pelas grandes indústrias, o BNH , criado em 1964, era um banco com a função de realizar operações de crédito e gerir o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) , por intermédio de bancos de bancos privados e / ou públicos e de agentes promotores, como as companhias habitacionais e as companhias de água e esgoto.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Políticas Sociais 1930 a 2002

Nos anos 30, pois antes da Revolução de 30 não existia um estado central no Brasil, a sociedade brasileira era dividida em oligarquias regionais com dinâmica própria e independente e os governos antes desta década não traçaram políticas nacionais.
Na era Vargas (1930-1950) criou-se o Estado, populista e regulador, deu-se o inicio da industrialização e dos sindicatos. A criação do Ministério do Trabalho para fiscalizar e regular os sindicatos, além de leis que proibiam greves.
O período Vargas responde pela montagem dos primórdios das bases institucionais necessárias à construção do capitalismo.
Abandonando as questões pouco relevantes para a construção das bases do capital, centraliza a atenção no social: a fixação do salário mínimo, política de previdência social por categorias, criação de sindicatos urbanos.
No governo JK (1956-1961) ocorre à abertura da economia brasileira para o capital estrangeiro, esculpiu instrumentos de financiamento e represa os salários. É tempo de euforia, crescimento, êxodo rural, o plano de metas, a construção de Brasília. Sob a égide de uma democracia, que não se assumia, os sindicalistas mantinham-se atrelados ao estado com liberdade limitada, os partidos de esquerda impedidos de legalidade. A classe trabalhadora vista como ameaça. O governo JK é responsável pela recessão que o país atravessa a partir do final de sua administração.
O período Goulart (1961-1964) é o de mais alta tensão. A classe trabalhadora entra pela porta dos fundos, defendendo um projeto nacional como um pacto entre classes mas a burguesia não aceita.
A partir de 1964, o conjunto de forças que compõe o populismo, foi destruído e o operário sufocado pelo regime militar.
Adota-se uma política recessiva, sem oposição dos mos movimentos sociais e operários. Perseguição a líderes sindicais, prisões ilegais de intelectuais, etc. salários são congelados, criação de bases institucionais para novo ciclo de concentração de renda no Brasil. A reforma tributária, a reforma administrativa, a modernização do aparelho público, centralização do poder federativo, mudança na legislação trabalhista, a instituição do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), universalização dos direitos (aposentadoria, educação), implementação de grande parte das políticas sociais.
Ao final de 1974 a recessão e a economia brasileira entra em crise.
(1975-1977 a 1980) período de alternância crítica do regime e tentativa de retomada do crescimento, eleições diretas, reformulação partidária e fortalecimento da burguesia.
Eleição de Tancredo Neves (1985), imposta pela mídia com respaldo da classe dominante. Morre antes de assumir. Entra em cena o vice, José Sarney, que sem legitimidade política assume o governo encaminhando o país a um processo de crise política, econômica, social e moral. 
Após as eleições diretas em 1989, assume Fernando Collor de Mello (1990-1992) que é a própria escultura de políticas neoliberais, transforma-se numa força poderosa, confisca a moeda com o apoio do STF, mas apesar do poder embrulha-se em corrupção, extorsão e rompimento com partidos políticos, fato este principal, culminando com o Impeachment em 1992.  Ano este em que assume Itamar Franco, dando continuidade e aprofundando as políticas propostas pelo antecessor.
A eleição de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) coloca um ponto final na transição, define-se o liberalismo, as palavras de ordem passam a ser eficiência e competitividade. Apesar de se declarar como social-democrata é condutor e fiador do projeto neoliberal no Brasil. 


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

E O POBRE, O QUE RECEBE?!?

A miséria sempre carimbou os capítulos da história do mundo. As campanhas contra a fome, a falta de habitação, de terra, de saúde, educação, e até de agasalhos estão em toda a parte.
O preconceito ensina a classe média a ver o pobre e os moradores de rua como um conjunto homogêneo de cidadãos diferentes, espécie de casta nascida para não entrar em campo. Enxergá-los como pessoas normais, com as mesmas carências físicas e pretensão emocional de qualquer um, é um grande desafio social.
Segundo José Saramago, escritor português, fomos sentenciados por Deus através de nosso primeiro pai e nossa primeira mãe, “a ganhar o pão da família com para se o suor do nosso rosto tendo como, destino final a terra da qual haviam sido tirados” e pela qual haveríamos de brigar e defender, pois, conforme o mesmo autor afirma: “O cordeiro, veio ao mundo para ser devorado pelo lobo”, e assim é natural que haja senhores e servos, ricos e pobres.
Vivemos em um país de 850 milhões hectares de terra nem sempre bem aproveitadas e por isso acompanhamos movimentos de “reforma” agrária prometidas por tantos governantes e esperada por tantos brasileiros enquanto se mancha de sangue nosso chão varonil ao mesmo tempo em que enche os bolsos dos governantes dessa Pátria amada, Brasil.
Milhares de famílias brasileiras vivem abaixo do nível de pobreza, isto é, das condições mínimas de sobrevivência, quer seja de habitação, saúde, alimentação, acesso a escola e lazer, e, milhares de vezes as políticas prometem fazer algo por elas em grandes comícios e campanhas eleitorais em época de eleição, promessas esquecidas quando assumem o poder e a boa vida que isso lhes proporciona.
E o pobre, o que recebe...Políticas sociais mal estruturadas recebidas pelo povo como benefício por desconhecerem seus direitos de cidadão. Art. 6º Cap. II da Constituição de 1988...” São direitos Sociais a educação, saúde, e o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança”...direito do povo a ter o mínimo para sobrevivência, mas que sobrevive com menos nas favelas, assentamentos, ruas, barracas e viadutos carentes de tudo, desde o básico até o mínimo. E tudo o que se vê são relatos, retratos e comentários dos altos índices de pobreza e miséria nos grandes jornais da imprensa falada ou escrita e tudo é discutido nos grandes salões do congresso, com ar condicionado, pelos homens de terno e gravata enquanto alguns nem camisa têm.
A música “Fantasia” de Chico Buarque ajuda-nos a refletir sobre a miséria humana, com seu jeito manso convida-nos ao canto para esquecer as amarguras da vida, “o ferro do suplício”, dia após dia, noite após noite sem perspectiva de melhora, “trabalhando a terra, preparando a tinta, enfeitando a praça”, para outros aproveitarem. E a saga continua: o mais forte contra o mais fraco, como o lobo e o cordeiro na lição antiga, mas jamais esquecida pala eterna repetição da mesma.
O fotógrafo, Sebastião Salgado, em uma de suas obras, relata a miséria humana de um modo simples, com arte e luz na tentativa de tornar mais bela o semblante de homens, mulheres e crianças sofridos, emagrecidos, queimados pelo sol e pela vida, mãos calejadas, pés emagrecidos e machucados, olhar sem brilho perdido no horizonte de uma estrada longa e árdua de um caminho sem fim. E a esperança... Ah! a esperança...
Canavieiros, carvoeiros, garimpeiros, tropeiros e tantos outros “eiros”, revelando o sol, revidando a noite, enterrando os mortos, enriquecendo a elite que sempre se aproveitou dos mais fracos e menos favorecidos.
E o pobre, o que recebe... Promessas, palavras, bolsa família, vale gás, famílias desamparadas, filhos barrigudinhos, olhares de tristeza de uma fé que não se abala, pois somos todos os filhos de Deus, através do “nosso primeiro pai e nossa primeira mãe” e seguimos a espera de governantes mais humanos, políticas mais concretas, sociedade mais consciente neste país tão grande e cheio de maravilhas que a natureza nos dá de presente que se chama: BRASIL! 



terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ética nas Profissões

Ética – (palavra de origem latim ethica) é um campo de reflexões filosóficas que busca conhecer as relações entre os seres humanos e seu modo de ser e de pensar.
O estudo da ética teve inicio com os filósofos há 25 séculos, e hoje abrange varias áreas do conhecimento como sociologia, psicologia etc...
As doutrinas éticas fundamentais nascem e desenvolvem-se em diferentes épocas e sociedades como resposta aos problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens e de seu comportamento moral afetivo.
Para Aristóteles, filósofo grego, “o estudo da ética deve enfatizar o preparo do individuo para que o mesmo possa viver em sociedade. Há, portanto, um campo comum entre ética e política. A ética deve estabelecer o princípio de ação virtuosa; a política deve enfatizar os homens como um ser social procurando estabelecer os princípios de sua ação racional”.
Todas as profissões têm seu próprio Código de Ética, trazendo benefícios recíprocos a quem pratica e a quem recebe preservando condutas condizentes com os princípios éticos específicos.
Um profissional comprometido com a ética não se deixa corromper em nenhum ambiente, ainda que seja obrigado a viver e conviver com ele. O profissional tem o dever ético de ser honesto integralmente, pois transgredindo os princípios da honestidade, não prejudica só seu usuário, mas toda uma classe e até uma sociedade.
Tanto é contra a ética a aceitação de tarefa sem conhecimento, como aquela com plenitude deste, mas aplicada para lesar o interesse de terceiros.
As leis de cada profissão são elaboradas com o intuito de proteger os profissionais da categoria como um todo e os indivíduos que dependem desse profissional, assim, a ética profissional é um conjunto de normas de condutas que regem a prática de qualquer profissão.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PENA DE MORTE

Punição ou Vingança?
Castigo ou Justiça?
Não queremos influenciar, nem somos capazes disso, não queremos mudar opiniões, queremos apenas mostrar os dois lados dessa faca de dois gumes que é a pena de morte.
Pena de morte é uma palavra derivada do grego poine e do latim poene, significa castigo, punição. Significa, assim a punição máxima imposta pelo Estado aos crimes hediondos. Foi instituída com a finalidade de eliminar o delinqüente da sociedade. É uma sentença aplicada pelo poder judiciário que consiste em retirar legalmente a vida de uma pessoa que foi julgada culpada de ter cometido um crime considerado pelo Estado como suficientemente grave e justo de ser punido com a morte.
Toda vez que a sociedade se depara com um crime de maior repercussão, principalmente se tiver requintes de crueldade, independente da história, invariavelmente, a pena de morte volta à pauta. É preciso tem uma certa cautela, porque a pena de morte é tema de apelo fácil à emoção. Quando a sociedade está comovida, quando a emoção social está de alguma forma manipulada ou estimulada, verificamos que a pena de morte ganha campo, adeptos, simpatizantes e defensores. É por isso que precisamos de serenidade para examinar esse tema e cautela para enfrentar argumentos prós e contras a pena capital. Nós sabemos que falha na educação, fatores culturais, fome e má distribuição de renda levam ao aumento da criminalidade e da violência. O que precisamos é atacar as causas da violência, e não admitir a solução simplista da vingança social que é a Pena de Morte.
Não há a menor possibilidade de a pena capital vir a ser aprovada, diz o deputado federal gaúcho Marcos Rolim, ferrenho opositor da pena capital. “Somente rasgando a Constituição”, afirma.
O certo é que a discussão sobre o tema não costuma deixar ninguém indiferente. De Caim, que matou seu irmão Abel, até o americano Timothy que mandou para os ares mais de uma centena de seus compatriotas, a brutalidade está sempre a espreita da espécie humana. Cabe ao Estado a tarefa de resguardar seus cidadãos da fera que pode habitar cada um de nós. E parece que na linha que vai do caos social a organização social perfeita, a pena de morte está mais perto da ponta primeira do que da ponta futura. Seja como for, qualquer ponto de vista, contra ou a favor da execução de cidadãos que tiraram a vida de outros cidadãos, terá que levar em conta a pergunta que o pensador Beccaria deixou no ar a mais de 300 anos: "Qual pode ser o direito que se atribui os homens para trucidar os seus semelhantes?"


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Análise de Ética: Filme "Quase Deuses"

Segue abaixo uma análise do ponto de vista ético e histórico do ótimo filme "Quase Deuses" que narra a trajetória dos médicos que efetuaram a primeira cirurgia cardiaca da história. Vale a pena conferir o filme e compreender o contexto em que ele se passa com o texto apresentado.

1) Qual é o período da historia humana que transcorre o filme? Cite 3 acontecimentos históricos que tiveram impacto sobre a humanidade nesse período?
Quebra da bolsa de valores de Nova York , provocando grave crise econômica e financeira com repercussão mundial.
Lutas sobre o preconceito e o racismo, lutas de classes, greves, passeatas (Martin Luther King)
Revoluções no mundo científico (vacinas, cirurgias, novas técnicas e novos remédios), avanço tecnológico (homem vai a lua, bomba atômica). 

2)Cite e descreva e analise, três violações éticas apresentadas no filme: 
Racismo: a ignorância, o preconceito racial e o conflito racial estão implícitos no filme , podendo ter castrado bons profissionais que fariam diferença, caso tivessem tido uma chance. Os negros saiam da rua para os brancos passarem, não exerciam profissões de destaque, não tinham acesso à porta da frente dos prédios, no ônibus os lugares eram divididos. A maioria aceitava essa condição pois eles mesmos consideravam-se inferiores e incapazes, acomodados em uma tradição imposta pelos brancos. Raras exceções de negros que se destacaram e tiveram coragem de engajar na lutas por igualdade de condições, seja social ou econômica. 
Violação da Lei da Natureza: Cirurgia cardíaca, contra os desígnios de Deus, dono da vida segundo analise da igreja e do padre do filme junto à família.
A Solidariedade Humana: Esquecida ou deixada de lado pelo cirurgião branco na hora de agradecer e lembrar publicamente ajuda e cooperação do auxiliar negro, por não ser graduado em medicina, não levando em consideração os anos de dedicação, trabalho e companheirismo do mesmo.

3)O que a ciência medica considerava intocável na época? Como essa regra foi rompida e qual o princípio revolucionário que surgiu?
Na época do filme o coração humano era intocável, os acadêmicos de medicina aprendiam isso na faculdade. Dr. Blalock e Viviam romperam essa regra realizando cirurgia experimental em cachorros e desenvolvendo novas técnicas, novos aparelhos durante muitos anos até a realização da primeira cirurgia em coração humana (bebê azul), desafiando as leis medicas e as leis de Deus para mais tarde salvar milhões de vidas humanas.

4)No seu entendimento, qual o princípio ético que deve ser rompido no atual estágio da humanidade? Porque e como fazer?
Nenhum princípio deve ser rompido. Escolhemos como tema a Clonagem Humana. Acreditamos que, apesar de todos os avanços tecnológicos a sociedade não esta preparada para a clonagem de seres humanos. A técnica de clonagem ainda esta em aperfeiçoamento. A alta taxa de mortalidade em experimentos com animais, alarmam para o fato de ninguém saber, determinar a normalidade dos embriões. “do ponto de vista científico a clonagem humana é inevitável, mas não sabemos se a sociedade como um todo vai permitir que isso aconteça, porque a ciência avança e não pensa nas conseqüências, o avanço é feito. Mas quem impõe os limites é a sociedade. Os aspectos jurídicos, morais religiosos vão ser determinados pela sociedade”.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

UM OLHAR ANALÍTICO

Abaixo estarei trazendo uma análise da obra de José Paulo Netto, intitulada Capitalismo Monopolista e Serviço Social. Pode ser de alguma ajuda para quem precisa resumir o livro ou simplesmente entender a obra.

A igualdade e a democracia são os temas centrais deste livro. Ele demonstra que mais do que a critica da política social, é imprescindível fazer a critica da critica da política social. Esta não está apartada da sociedade, da economia, da democracia ou da opressão, necessitando de método para interpretá-la.por outro lado, o contrato social de hoje já não se baseia na igualdade social, nem teoricamente, e sim na desigualdade, configurando a cidadania com desigualdade produtiva.
A oposição extremada entre liberdade e autoridade no século XVIII gerou especialmente ideais mas aprimorados de governo e de Estado, as influencias recíprocas de culturas distintas como a norte americana e a européia foi o alicerce das constituições sociológicas do sérvio social como profissão.
Os governos e Estados são múltiplos, configurando democracias, mas não a democracia literal, mesmo ambas obtendo a mesma origem teórica. A história contemporânea tem assinalados a existência de cada um em separado e também a convivência com e sem atritos entre as duas.
Trata também do serviço social como profissão, a reconceitualização da prática profissional e as bases de seu desenvolvimento, métodos científicos e históricos do serviço social através dos tempos.
Dispõe de momentos históricos subseqüentes tornando a seqüência lógica de eventos que desencadearam o inicio da profissão acessível ao entendimento de quem se propõe estudá-lo a fundo.
É um livro de leitura complicada, mas completo em se tratando da história, prática, gênese, teoria e base científica do serviço social como profissão.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pensamento Político II

Similaridades do pensamento político de Gandhi, Jesus Cristo e Martin Luther King 
A capacidade de liderança de todas essas figuras era marcada por uma característica: a falta de poder. Todos vieram de uma origem pobre, sem recursos, sem poder político ou financeiro. Porém todos eles geraram grandes revoluções em seus segmentos respectivos. A maioria das pessoas acredita que pra mudar a vida dos outros ou a sua própria vida, é necessário ter grandes poderes, grandes conquistas, só assim eles terão sua opinião ouvida. O que esses grandes líderes ensinaram é que muitas vezes a autoridade é maior que o poder.
O poder é a probabilidade de um ator situado dentro de uma relação social estar numa posição de facultar outro a fazer sua própria vontade, apesar de encontrar resistência. Já a autoridade é uma modalidade legítima de poder. É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade sua própria vontade por sua influência pessoal.
Gandhi, Jesus, e Martin Luther King conseguiam influenciar aqueles a seu redor por suas habilidades de liderança. As pessoas em geral só seguem pessoas honestas, que forneçam bom exemplo, cuidados, comprometidas, que sejam boas ouvintes, que conquistem sua confiança, que respeitem, ajudem, sejam positivos e que gostem do ser humano. O grande líder tem essas habilidades.
Colocando estas idéias em uma teoria chegaremos ao pacifismo como meio para chegarmos ao fim desejado.
Jesus Cristo pode ser considerado, por suas palavras e atitudes, um dos expoentes do sentimento pacifista, da não-violência e da solução pacífica dos conflitos. Nos tempos modernos, o movimento pacifista tomou a forma da resistência passiva e da desobediência civil não violenta, da qual o expoente mais universal foi, sem dúvida, o Mahatma Gandhi. Seu protesto, silencioso, humilde, mas nem por isso menos vivo e audível, contra as injustiças sociais prevalecentes na Índia, sob domínio inglês, contribuiu, mais que as articulações e desarticulações, entendimentos e desentendimentos, promessas solenes e traições dos políticos, para a independência da Índia. No continente americano, sem desdouro para outros pacifistas, a coroa do martírio coube ao reverendo Martin Luther King, que, em muitos aspectos, era uma espécie de Gandhi negro, revivido nos Estados Unidos, e que pregava o caminho da paz para a realização do seu sonho: a igualdade real entre todos os americanos, independentemente da cor da pele. Sonho ainda bem longe de ser realidade completa, na atualidade.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Pensamento Político

Olá pessoal tudo bem?? Vou trazer em dois posts, um hoje e outro ainda nesta semana uma visão do "pensamento político" de Aristóteles x Machiavel e de Gandhi x Jesus Cristo x Luther King. É um ponto de vista interessante, que merece uma conferida. 

ARISTÓTELES X MACHIAVEL


Por serem pensadores e filósofos relativamente do mesmo assunto que é o Estado e a questão da ciência política, os dois gregos por si tem pensamentos diferentes, pois Aristóteles dizia que a política era uma mera extensão da ética, onde o seu interesse desmembrava no sentido da população em assegurar as melhores condições de vidas para o povo, em saber como fazer para melhorar a situação em que o Estado se encontra. Aristóteles valorizava muita a privacidade a liberdade individual o bem estar do povo no meio social, e era contra o trabalho feito manualmente como dos escravos. Sendo Aristóteles um pensador mais humano.
Já Machiavel separava a ética da política completamente, pois pra ele se caso precisasse ele usaria da antiética para conseguir burlar o povo, dizendo que seria necessário ser falso para ser um bom governante.
Partindo do pressuposto de que o Estado tem poder centralizado dando assim uma proteção ao homem, mas de acordo com isso deixava a liberdade em proposta de forma que não lhe interessava, fazendo com que a população vivesse nesse meio centralizado.Maquiavel não era idealista. Era realista. Ele estudava a sociedade através da análise da verdade concreta dos fatos humanos. Suas idéias sobre a realidade política eram sobre prática humana concreta. Onde seu maior interesse era o Estado, procurando compreender como as organizações políticas se fundam, se desenvolvem, e acabam. 
Pela falta de ética a população acreditava que Nicolau Machiavel era um homem que usava de má fé para conseguir o que ele precisava, mas pelo contrário ele procurava sempre fazer o melhor para o Estado. 


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Curiosidades

01- À 60ºC negativos sua respiração vai congelar e vai despencar
02- O vôo mais longo de uma galinha foi de 755 metros, isso é uma extenção maior que um campo de Futebol
03- 80% das pessoas come o milho fazendo a volta na espiga e não de uma ponta a outra
04- Cerca de 75% da poeira doméstica é feita de células mortas de pele
05- As pessoas na Sibérias costumam comprar bastões de leite congelado no palito
06- As Tarantulas são mais dóceis que a maioria dos gatos
07- A água pura não conduz eletricidade, somente a água salgada
08- Uma vaca Leitera pode dar até 10.000 litros de leite por ano
09- A temperatura da superfície do sol é de 5.700ºC, no centro chega a 27.000.000ºC
10- Se pegassemos as veias e artérias de uma pessoa de estatura mediana elas chegariam a mais de 90.000Km, é o equivalente a 2 voltas e meia no planeta.
11- A Lombriga é uma cobra.
12- O maior Verme pode chegar a mais de 60 metros
13- Jacarés não andam para tráz
14- 1 óvulo é tão pequeno que caberia 50.000 deles na cabeça de 1 alfinete
15- O menor homem do mundo tinha 33 centímetros
16- O vegetal mais antigo conhecido é a ervilha
17- Nós respiramos 10.000.000 de vezes por ano
18- O Canadá tem mais lagos do que todo o resto do mundo junto
19- Os Coalas não bebem água. A palavra "koala" vem de uma língua nativa australiana que quer dizer "animal que não bebe"
20- Os insetos não vão em direção à luz propositalmente, eles apenas perdem o senso de direção com a claridade
21- Os Anigos Egípcios treinavam Babuínos para serirem as mesas
22- Cerca de 107 Bilhões de pessoas já passaram sobre a face da terra
23- O Cavalo se assusta com a própria sombra
24- Um Flamingo só consegue comer quando sua cabeça está de cabeça pra baixo
25- Um porta-aviões anda 3,3 cm por litro de gasolina
26- A estrela-do-mar quando come, coloca o estômago pra fora do corpo, cobre com ele a comida e a digere antes de por o estômago de volta
27- O Planeta Terra pesa por volta de 6000000000000000000000(seis quintilhões) de toneladas
28- Na nossa vida , cresce cerca de 560km (kilômetros) de cabelo em nossa cabeça
29- Se fosse possível colocar Saturno em uma banheira cheia de água, ele flutuaria
30- A saliva produzida por um ser humano em toda sua vida, seria capaz de encher duas piscinas olimpicas e meia
31- Nosso cérebro é composto por 90% de água
32- O planeta Júpiter é tão grande que caberiam 1500 planetas Terra nele
33- As plantas crescem mais rápido ao som de Heavy Metal, e as vacas produzem mais leite ao som de country.
34- Meio kilo da teia da aranha pode dar a volta ao mundo
35- Em 1 km de terra pode haver tantos insetos quanto pessoas na terra
36- Os gatos não sentem o gosto doce, eles só sentem o amargo ou o salgado
37- Buracos negros são estrelas gigantescas com uma imensa força gravitacional
38- Mulheres tem quase metade de neurônios a menos que os homens
39- A Índia tem por volta de 1 milhão de deuses
40- Só ouve uma única vítima que morreu com a queda de um meteoro até hoje, um cachorro.

Fonte: http://www.universo42.com/


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Margem da Imagem

“Ao mesmo tempo que é um mundo louco tem muito de lucidez”
Esta frase resume o contexto do documentário sobre como vivem os moradores de rua. Pessoas comuns, seres sociais que não se reconhecem como tais. Sem o conforto de um lar, sem segurança, sem emprego, sem condições de higiene e saúde cada qual tem sua história de vida, seus motivos para estarem lá, um começo, um meio e um fim. Com suas regras, seus meios de defesa, suas expressões. A perda da individualidade e da privacidade faz parte do cotidiano e cada um aprende a sua maneira as leis da sobrevivência.
Homens e mulheres com passado, história e cultura própria que compartilham a rua por vários motivos e cada um ao seu jeito mantém sua identidade privatizada das mais diversas formas. São excluídos do contexto social, da vida diária das cidades, dias e noites buscando uma maneira de sobreviver olhando a vida passar no movimento da cidade, na correria das pessoas, que desviam quando podem, por medo da aproximação, criando suas próprias raízes, suas famílias, seus companheiros, seus conflitos e desafios, sua própria cultura que passam para outros, como horário de comida gratuita, casas de apoio, albergues, etc.
Muitos tiveram passado, profissão, família, mas por algum motivo qualquer lá estão fazendo parte de uma sociedade sem nome, sem rosto, sem identidade e nem perspectivas, entrando no ritmo para sobreviver, num mundo em que a higiene, os valores sociais, o sexo, o amor, o respeito não tem hora e nem medidas, numa política de “salve-se quem puder”, cada qual cuidando do que é seu, particularmente, sem preocupação com a coletividade.
O álcool, as drogas contribuem para que o círculo vicioso de suas vidas permaneça inalterado. Na doença procuram atendimento gratuito nos hospitais públicos, mas a transmissão, o contágio e o contato com os outros não são controlados.
A preservação de suas histórias é feita por cada um de maneira própria, desenvolvendo capacidade de falar sobre cidadania, voto, educação, políticas sociais, políticos, saúde e bem estar de uma forma que transmite certeza do que estão falando: 
Momentos de lucidez? 
Ou momentos de loucura? 
Provocam curiosidade dos meios de comunicação, são retratados, comentados, fotografados, filmados por toda a espécie de imprensa que mostra as imagens como meio de ganhar dinheiro ou promoção social sem a preocupação com o ser humano que está por traz da imagem.
Pessoas que esperam por algo, por alguém que mude a situação. Governantes, sociedade, políticas sociais que consigam resgatar-lhes a dignidade.
Um governo mais humano, uma sociedade mais justa, políticas mais eficientes para resgatar aqueles que são considerados à margem da sociedade para o convívio social, a inclusão e não exclusão, através da educação e não da curiosidade, do apoio e não da exploração.
A sociedade tem medo de abrir a porta de sua casa ou o vidro do carro quando essas pessoas se aproximam. 
E eles do que tem medo? 
Da agressão, do descuido, do anonimato, do pouco caso que se faz, do finge que não vê e não sabe, da chuva, do sol, do frio, de esperar a boa vontade de alguém para comer, de pedir a Deus para morrer ou para sobreviver!?
A miséria e a economia contribuem para as questões sociais, e isso sempre fez parte de nossa história, desde o descobrimento do Brasil. Mas filmar e retratar esta imagem de pessoas cheias de razão e mostrar para autoridades e governantes não vai resolver, nada vai acontecer alem de alguns “Oh”! “Que coisa”! e até algumas lágrimas de emoção e pena, mas não passará disso. O filme acaba, os comentários são feitos, muitas críticas, alguns elogios, muitas falas e nenhuma ação.
Enquanto se fala, a população das ruas aumenta e continua fora de controle, longe dos olhos e das ações dos governantes.


Autora Nereide Salete Rossi

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Só Rindo

O TERCEIRO PEDIDO

O sujeito entra em um bar com um papagaio no ombro e muitas mulheres gostosas à sua volta.
- Garçom, me vê um Martini pra ruiva, uma tequila pra morena, uma cerveja pra loira e 10 cheesburgueres pro papagaio.
O garçom acha aquilo muito estranho, mas atende o pedido e assiste ao papagaio comendo freneticamente.
No dia seguinte o mesmo sujeito aparece no bar com outras mulheres, o mesmo papagaio no ombro e repete o pedido.
Novamente o garçom atende e assiste à cena, abismado.
No terceiro dia, o garçom não resiste e pergunta:
- Desculpe, amigo... Mas você pode me satisfazer uma curiosidade?
- Já sei... - adivinha o sujeito - Você quer saber por que o meu papagaio come tanto?
O garçom faz que sim com a cabeça.
- Bom, um dia desses eu estava andando na rua e encontrei uma lâmpada mágica. Esfreguei e saiu um gênio que me disse pra fazer três pedidos. Primeiro eu pedi pra ser muito rico e hoje eu sou uma das pessoas mais ricas do país. Depois eu pedi pra viver cercado de mulheres maravilhosas, e o gênio me mandou essas gatas que você está vendo. Por último, eu pedi pra ter um "passarinho" grandão e insaciável. Aí o sacana me deu esse louro filho da p(*)!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Para Refletir

Coração Blindado - Engenheiros do Hawaii

Fácil falar
Fazer previsões depois que aconteceu
Fácil pintar o quadro geral
Da janela de um arranha-céu

Sem ter que sujar as mãos
Sem ter nada a perder
Sem o risco de pagar pelos erros que cometeu

Fácil achar o caminho a seguir
Num mapa com lápis de cor
Moleza mandar a tropa atacar
Da tela do computador

Sem o cheiro
Sem o som
Sem ter nunca estado lá
Sem ter que voltar pra ver o que restou

Com a coragem que a distância dá
Em outro tempo em outro lugar
Fica mais fácil

Fácil demais
Fazer previsões depois que aconteceu
Fácil sonhar condições ideais
Que nunca existirão

Sempre a distância
Sem noção
O que rola pelo chão
Não são as peças de um jogo de xadrez

Com a coragem que a distância dá
Em outro tempo em outro lugar
Tudo é tão fácil


Para ouvir CLIQUE AQUI

domingo, 14 de setembro de 2008

Fatos Ocorridos no Brasil Pós 2º Guerra Mundial Até 1989

• 1942/1946 – criação da CLT (consolidação das leis trabalhistas), criação de quatro instituições voltadas para o serviço de aprendizagem e bem estar (SENAI, SENAC, SESI e SESC).
• 1953 – divisão independente do Ministério da Educação e Cultura e Ministério da Saúde.
• 1956/1961 – o cunho do desenvolvimentismo no governo de Juscelino Kubitschek – plano de metas. Consolida-se a industrialização, segundo um padrão de acumulação associado dependente. Criação de Brasília em 1960.
• 1960 – Lei LOPS (Lei Orgânica da Previdência Social). Assistência Social predominou, soluções individuais com o fornecimento de alimentos, remédios, roupas, etc. e iniciou a prestação de serviços sociais básicos (alfabetização de adultos e desenvolvimento comunitário).
• 1964 – Golpe militar, repressão política que perseguiria, torturaria e exilaria os principais ícones de nossa política e cultura.
• 1967 – a maior parte dos recursos fiscais arrecadados, impostos e taxas, passou a ser administrado e gerenciado pelo Governo Federal. No âmbito da política social foram criados vários fundos: FGTS, PIS, PASEP e Salário Educação.
• 1967 – Criado INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) com carteirinha para atendimento nos postos e centros de saúde.
• 1968 – AI nº 5 que pregava a censura e condenava pessoas que viessem a se posicionar política e culturalmente contra o regime militar.
• 1968/1974 – Criado o Ministério da Previdência e Assistência Social.
• 1971 – PRORURAL, executado pelo FUNRURAL, que estendeu aos trabalhadores do campo o início de uma legislação previdenciária efetiva.
• 1973 – PNI (Programa Nacional de Vacinação).
• 1974 – INAMPS
• 1975 – 5º Conferência de Saúde.
• 1977 – SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social).
• 1979 – Criação do FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social).
• 1980 – O papa João Paulo II inicia visita ao Brasil.
• 1981/1982 – Criado o CONASP (Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdênciaria).
• 1984 – Movimento pelas Diretas Já, mas governo rejeita.
• 1985 – Fim do regime militar, Tancredo é eleito Presidente mas falece, Sarney assume.
• 1985 – Formalização das Ações Integradas de Saúde (AIS), convênios com o INPAS, MS e MEC e Secretários Estaduais de Saúde, tendo como princípio a universalidade do atendimento.
• 1986 – SUDS.
• 1986 – Plano Cruzado I e II.
• 1988 – Promulgação da 8º Constituição.
• 1989 – É realizada a primeira eleição direta para Presidente, elegendo Fernando Collor de Melo.

sábado, 13 de setembro de 2008

Pátria Mãe

Passados 186 anos, no dia 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, no estado de São Paulo, diz a história oficial, que Dom Pedro I, proclamou a independência do Brasil. Era o nascer de um país.
Esse dia ficou conhecido e comemorado como o dia da Pátria!
Embora poucos brasileiros conheçam nossa história, símbolos nacionais, nossos heróis, ou vultos históricos, mas no dia da independência de uma forma alienada e de típica reprodução social, o povo sai as ruas vestindo as cores da nossa bandeira, neste dia que historicamente é tão importante para a nação brasileira.
Mas o que é Pátria? Se perguntarmos pouquíssimos responderiam, pois brasileiros tem hábito ou por cultura usufruir ou utilizar fatos da história sem saber ou nem querer saber das lutas, nomes ou episódios importantes que antecederam aquele momento em que vivem, é o descaso com a historicidade, elemento fundamental em qualquer cultura.
Há muitas formas de comemorar um fato histórico:
Pensar sobre ele,
Refletir sobre o que significou no passado,
O que representa no presente,
Como repercutirá no futuro,
Lembrar os que dele participaram,
E por ele trabalharam.
Refletir sobre o legado que recebemos,
O uso que dele fazemos,
O que faremos no futuro.
E isto compete a cada brasileiro, independente de sua condição social.
A você que, com seu estudo e seu trabalho, criará condições para que este grande País continue a ser amanhã o que foi ontem, de um povo que luta pelos seus ideais, pela soberania, pelos direitos fundamentais e por uma nação democrática, um lugar de paz, tranqüilidade e crescimento.
“A Pátria é a família amplificada”, como diria o grande Rui Barbosa. E a família, célula mãe da sociedade, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplique a célula e terás o organismo, Multiplique a família e terás a Pátria. Fazendo uma analogia estruralista/funcionalista é sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação sangüínea, não importa as novas configurações do núcleo familiar, a nossa Pátria é o retrato de nossas famílias.
Os homens não inventaram, mas sim adulteraram a fraternidade, de que o Cristo lhes dera a fórmula sublime ensinando-lhes a se amarem uns aos outros.
A Pátria não é de ninguém e de todos, cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação. A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, ensinam, esforçam-se, participam, discutem, praticam, a admiração, o entusiasmo, porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor
A Pátria nada se pede, nem mesmo compreensão, nela se encerra na magnitude da expressão amor, toda igualdade, fraternidade, liberdade e equidade previstas, muito antes de nós por outros pensadores sobre o assunto.
Brasil coração do mundo e pátria da boa nova.

Texto de Luiz Antonio

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Poesia - Dia do Idoso

Imagem carcomida,
Turva, sem vida,
Lembranças doloridas,
Invadidas pela solidão
E o adeus chegou, é hora de partir...

Antagônico, o nascer
E o morrer
Mas quantos morreram
Durante a vida
E hoje ela é concebida...

Música, alegria
Por fim a nostalgia, vazia
Uma vida de conhecimento
Doação, abnegação, exclusão...

Como tratar aqueles
Que galgaram caminhos para o hoje?
Parar, ouvir, agir
Abraçar, sorrir, amar...

Quer seja 3º idade
Melhor idade
Senil idade
Não sei...

O que queremos
E podemos neste dia
Que multiplicando
A todos os subseqüentes...

Aquele abraço apertado
Aquele carinho dobrado
Amor sem fim...

Por meio de vocês
Aqui estamos
E mais além seremos vós...

Obrigado vovôs e vovós
Parabéns por esta data tão doce!!

Autora: Gelvana C. A. Schimidt

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Setembro

Setembro é o sétimo mês no antigo calendário de 10 meses, que foi usado até 600 anos A.C. O mês de setembro é o mês mais alegre e bonito do ano. Logo no início do mês é hora das paradas, do rufar dos tambores em desfiles coloridos na comemoração do dia da Independência. Logo depois se observa a diferença no clima e a cidade vai ficando mais colorida. São os tons da primavera colorindo tudo, pincelando as flores, as acácias, os ipês roxos e amarelos deixando um tapete florido no chão. O dia da Árvore, como lembrança do maior símbolo da natureza, que embeleza e refresca o meio ambiente, além de oferecer frutos, flores e matéria prima para fabricação de papel, remédios e outras coisas. No final do mês comemora-se o dia do Idoso, simbolizando a experiência do vivido, do trajeto percorrido. Nossas homenagens aos que amam a pátria, defendem a natureza e respeitam os idosos.

Retrato de uma Vida Miserável

A miséria, a fome, a pobreza é sempre algo que nos toca e causam na maioria das pessoas sentimentos que se confundem entre pena e indignação. Mas quando há o envolvimento de crianças indefesas neste quadro, estes sentimentos tende a se acirrar, tornar-se uma revolta, a procura por explicação, porque o ser humano possuidor de capacidade para influir em seu futuro, pode permitir que seus semelhantes passem por esta privação, por estes sacrifícios?
A fome e a miséria é um acontecimento mundial, mas que tem seu agravante nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil.
Dentro das fronteiras nacionais temos regiões com enormes disparidades econômicas, principalmente se compararmos as periferias de grandes cidades. Mas a incidência da pobreza, da fome da miserabilidade é mais latente nas regiões norte e nordeste, sendo está última o principal foco desta reflexão. Famílias numerosas, vivendo sob as mínimas condições de sobrevivência, podem nos parecer num olhar mais crítico que são por sua insistência em permanecer em locais inóspitos com clima adverso e impróprio para agricultura e moradia. Mas ao analisarmos a situação destas famílias, de seus filhos, veremos que a chance de mudança, de melhoria de vida não lhes foi dadas, e as melhorias que poderiam chegar até eles em forma de subsídios do Estado, verbas decididas em gabinetes governamentais de ajuda a estas criaturas, ficam pelos caminhos da burocracia ou então nas mãos de grandes latifundiários, em suas verdes fazendas com suas terras irrigadas com água que provavelmente estaria matando a sede das famílias destes sertanejos, de suas criações, ou irrigando seus pequenos pedaços de terras usadas para o seu precário sustento.
As condições destes trabalhadores, de seus filhos seriam bem diferentes se os responsáveis pelas políticas públicas de inclusão deste povo, fossem menos gananciosos e ávidos pela acumulação de riquezas, e deixassem chegar até estas famílias àquilo que lhes são de direito, o fruto dos impostos que pesadamente nos são cobrados para que tais situações de misérias sejam minoradas ou abolidas de nosso país. Estas famílias de nordestinos, como quase a totalidade daqueles que vivem hoje a margem da sociedade, e que fazem parte das estatísticas mais cruéis dos miseráveis deste país, ainda tem seus direitos civis arrancados, apesar de se propagar seus direitos políticos, de estarem vivendo num país democrático. Um país que possui boa parte de seu povo vivendo estas mazelas não pode nunca se orgulhar de estar entre os mais democráticos do mundo.
Democracia não subentende apenas votar e ser votado, ter instituições livres. É preciso que seus cidadãos possam usufruir suas riquezas nas mesmas proporções, sem discriminação, segregação e principalmente que sua renda possa ser de acesso de todos e não apenas de uma minoria abastada, que está incrustada no poder e no centro das decisões, e que tem apenas o acumulo de capital como objetivo primordial. Já dizia Tancredo Neves na campanha presidencial de 1984 “Nenhum país será totalmente democrático enquanto tiver ainda que um de seus cidadãos sem um prato de comida para alimentar a sua fome”. Se perguntarmos a qualquer membro destas famílias nordestinas o que é democracia, provavelmente dirá que é um prato de comida, um copo de água, um pedaço de terra para cultivar.
Então se estamos num país democrático de direitos, com certeza a democracia de alguns não coincide com a democracia de muitos outros. Talvez, num regime capitalista, que impera em nosso país e em boa parte do mundo, não se consiga acabar com estas desigualdades, mas que não se perca as esperanças, que não se desanime nas lutas travadas nos bastidores por muitas pessoas para que diminua ao menos a distância entre aqueles que nada tem e aqueles a quem foi dado quase tudo. Que a máxima extraída dos escritos de Thomas Hobbes “O homem é mau por natureza. O homem é o lobo do homem”, possa ser desmentida pela história, e que o sentimento de fraternidade e de responsabilidade com seus semelhantes não permita mais que crianças, mulheres e homens morram por inanição num país que se considera o futuro celeiro do mundo.

CLAUDOMIRO FERREIRA DA SILVA
Acadêmico do 5º período de Serviço Social da Faculdade ITECNE
claudomiro@naturium.com.br

Terceiro Setor e a Dignidade Humana

Sabemos que não há mais a escravidão, mas temos ainda a degradante desigualdade social com a existência de classes dominantes e classes dominadas, bem como pessoas dominantes e pessoas dominadas pela tecnologia, economia, capitalismo etc, gerando um vasto desnível social. A transformação do ser humano se compararmos os séculos passados a situação humana melhorou, evidentemente, mas ainda há uma grande opressão à dignidade humana, pela dificuldade das pessoas terem oportunidades de melhoria de suas condições de vida e mesmo de poderem obter o mínimo de dignidade, normalmente pela grande distinção de classes em decorrência do descontrole econômico.
A Constituição Federal de 1988 assinala que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), e que são seus objetivos fundamentais construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, incisos I, II, III e IV). A Constituição Federal declara mais de uma centena de direitos e garantias fundamentais, em outros dispositivos constitucionais, e outros previstos em tratados internacionais em que o Brasil faz parte.
A ineficiência do Estado no sentido de garantir os direitos fundamentais assegurados na Constituição Federal e o conhecimento geral dos graves problemas sociais existentes no país, tem levado segmentos da sociedade e empresas a constituírem entes jurídicos voltados para auxiliar ou suprir as lacunas deixadas pelo Estado.
Visando auxiliar o poder público a garantir o pleno exercício de direitos assegurados constitucionalmente é fruto do desenvolvimento de uma nova ética. A ética da responsabilidade social de todos os indivíduos para com os menos favorecidos.
Quando a Constituição consagra a dignidade da pessoa humana como um princípio, não é somente dever do Estado, mas também de toda coletividade perseguir esse ideal. A desigualdade social que se apresenta hoje é injusta. Só com o esforço da comunidade constituindo entidades de interesse social e assistencial, sem fins lucrativos, tendo como alternativa em curto espaço de tempo amenizar as desigualdades sociais e de outros fatores que interfere na qualidade de vida do ser humano.
Vemos em nossa Carta Magna amplos dispositivos legais que protegem a dignidade humana, só que está faltando colocá-las em prática, os nossos governantes deveriam criar, mas políticas de geração de renda e juntamente com o terceiro setor estar trabalhando para os menos favorecidos, para finalmente poder existir uma sociedade justa para seus cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais, incluindo aí o direito de se ter uma vida digna.


Maria de Fátima Tomazine Silva
(Acadêmica do 6º período de Serviço Social da Faculdade ITECNE - Cascavel/PR)

Inicializando...

Sejam todos bem vindos e começamos aqui um novo lugar para troca de idéias, downloads, materiais, matérias de interesse comum, entre outras coisas que estaremos trazendo para sua informação e divertimento. Este é um espaço aberto e democrático em que todos tem o direito de expor suas idéias e pensamentos. Sem mais delongas vamos ao primeiro post que é o editorial do exemplar do socializando de agosto.


No senso comum considera-se o mês de agosto diferente dos outros, é o mês dos ventos fortes, tempestades, “cachorro louco”, “quem casa em agosto passa desgosto”, enfim, muitas superstições envolvem este mês. Quem nunca ouviu de seus antepassados algo referente ao mês de agosto? A sabedoria popular!! Mas reflitam comigo... o mês de agosto é realmente diferente... é inverno... chuvoso... frio... bom senso se ficássemos de férias neste mês, porem é o contrário... é o retorno as aulas, as atividades escolares, as preocupações com mais um semestre. Nós particularmente que estamos no penultimo ano da nossa graduação, estamos vendo chegar o final do percurso acadêmico e ainda sentimos o mesmo “frio na barriga” do 1º ano quando chegamos ao primeiro dia na Faculdade para o início das aulas. Acredito que esse sentimento seja normal devido ao encontro com o diferente. A cada semestre que acaba é mais uma etapa vencida, e a cada início de novo semestre é mais uma batalha a superar. Sobrevivemos até aqui e hoje mais fortes e mais críticos do que no início e isso é prova de nossa luta pelo conhecimento e esperanças de uma conquista maior.
Sejam todos bem-vindos neste mês de agosto para mais esta etapa de nossa caminhada, lembrando que o mês de agosto é também um mês de algumas datas significativas que fazem parte de nossa história de vida. O Dia dos Pais... como lembrança Daquele que é nosso espelho maior, Deus, nosso pai Celestial e do nosso pai biológico que muitas vezes não é da maneira que imaginávamos, mas que por algum motivo, além de nossa vã consciência, colaborou para que nascêssemos e só isso já é um fator para ser lembrado e respeitado. Lembrando também de refletir sobre outras datas, ao lado listadas, que também são importantes e que às vezes não damos o devido valor. Já que o mês de Agosto é diferente, vamos parar e refletir sobre as coisas que dizem dele e as coisas que realmente acontecem neste mês. Obrigado.