sábado, 13 de setembro de 2008

Pátria Mãe

Passados 186 anos, no dia 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, no estado de São Paulo, diz a história oficial, que Dom Pedro I, proclamou a independência do Brasil. Era o nascer de um país.
Esse dia ficou conhecido e comemorado como o dia da Pátria!
Embora poucos brasileiros conheçam nossa história, símbolos nacionais, nossos heróis, ou vultos históricos, mas no dia da independência de uma forma alienada e de típica reprodução social, o povo sai as ruas vestindo as cores da nossa bandeira, neste dia que historicamente é tão importante para a nação brasileira.
Mas o que é Pátria? Se perguntarmos pouquíssimos responderiam, pois brasileiros tem hábito ou por cultura usufruir ou utilizar fatos da história sem saber ou nem querer saber das lutas, nomes ou episódios importantes que antecederam aquele momento em que vivem, é o descaso com a historicidade, elemento fundamental em qualquer cultura.
Há muitas formas de comemorar um fato histórico:
Pensar sobre ele,
Refletir sobre o que significou no passado,
O que representa no presente,
Como repercutirá no futuro,
Lembrar os que dele participaram,
E por ele trabalharam.
Refletir sobre o legado que recebemos,
O uso que dele fazemos,
O que faremos no futuro.
E isto compete a cada brasileiro, independente de sua condição social.
A você que, com seu estudo e seu trabalho, criará condições para que este grande País continue a ser amanhã o que foi ontem, de um povo que luta pelos seus ideais, pela soberania, pelos direitos fundamentais e por uma nação democrática, um lugar de paz, tranqüilidade e crescimento.
“A Pátria é a família amplificada”, como diria o grande Rui Barbosa. E a família, célula mãe da sociedade, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplique a célula e terás o organismo, Multiplique a família e terás a Pátria. Fazendo uma analogia estruralista/funcionalista é sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação sangüínea, não importa as novas configurações do núcleo familiar, a nossa Pátria é o retrato de nossas famílias.
Os homens não inventaram, mas sim adulteraram a fraternidade, de que o Cristo lhes dera a fórmula sublime ensinando-lhes a se amarem uns aos outros.
A Pátria não é de ninguém e de todos, cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação. A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, ensinam, esforçam-se, participam, discutem, praticam, a admiração, o entusiasmo, porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor
A Pátria nada se pede, nem mesmo compreensão, nela se encerra na magnitude da expressão amor, toda igualdade, fraternidade, liberdade e equidade previstas, muito antes de nós por outros pensadores sobre o assunto.
Brasil coração do mundo e pátria da boa nova.

Texto de Luiz Antonio

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