Similaridades do pensamento político de Gandhi, Jesus Cristo e Martin Luther King
A capacidade de liderança de todas essas figuras era marcada por uma característica: a falta de poder. Todos vieram de uma origem pobre, sem recursos, sem poder político ou financeiro. Porém todos eles geraram grandes revoluções em seus segmentos respectivos. A maioria das pessoas acredita que pra mudar a vida dos outros ou a sua própria vida, é necessário ter grandes poderes, grandes conquistas, só assim eles terão sua opinião ouvida. O que esses grandes líderes ensinaram é que muitas vezes a autoridade é maior que o poder.
O poder é a probabilidade de um ator situado dentro de uma relação social estar numa posição de facultar outro a fazer sua própria vontade, apesar de encontrar resistência. Já a autoridade é uma modalidade legítima de poder. É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade sua própria vontade por sua influência pessoal.
Gandhi, Jesus, e Martin Luther King conseguiam influenciar aqueles a seu redor por suas habilidades de liderança. As pessoas em geral só seguem pessoas honestas, que forneçam bom exemplo, cuidados, comprometidas, que sejam boas ouvintes, que conquistem sua confiança, que respeitem, ajudem, sejam positivos e que gostem do ser humano. O grande líder tem essas habilidades.
Colocando estas idéias em uma teoria chegaremos ao pacifismo como meio para chegarmos ao fim desejado.
Jesus Cristo pode ser considerado, por suas palavras e atitudes, um dos expoentes do sentimento pacifista, da não-violência e da solução pacífica dos conflitos. Nos tempos modernos, o movimento pacifista tomou a forma da resistência passiva e da desobediência civil não violenta, da qual o expoente mais universal foi, sem dúvida, o Mahatma Gandhi. Seu protesto, silencioso, humilde, mas nem por isso menos vivo e audível, contra as injustiças sociais prevalecentes na Índia, sob domínio inglês, contribuiu, mais que as articulações e desarticulações, entendimentos e desentendimentos, promessas solenes e traições dos políticos, para a independência da Índia. No continente americano, sem desdouro para outros pacifistas, a coroa do martírio coube ao reverendo Martin Luther King, que, em muitos aspectos, era uma espécie de Gandhi negro, revivido nos Estados Unidos, e que pregava o caminho da paz para a realização do seu sonho: a igualdade real entre todos os americanos, independentemente da cor da pele. Sonho ainda bem longe de ser realidade completa, na atualidade.
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