segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A ação da Assitente Social junto ao paciente com Cancer de Mama

Nos últimos cem anos, o ser humano tem sido exposto a uma quantidade cada vez maior de inúmeros compostos químicos novos (resultantes da atividade industrial), amplamente distribuídos no ambiente e capazes de induzir danos ou lesões no material genético.
O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formar tecidos, como os músculos, ossos e pele. A maioria das células normais cresce, se reproduz e morre em resposta aos sinais internos e externos ao corpo. Se esses processos ocorrerem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode tornar-se uma célula alterada e isso ocorre quando o material genético é danificado.
A partir do momento em que uma célula carrega uma lesão em seu material genético (DNA), ela passa a ser uma célula alterada, sendo denominada mutada. Uma vez lesado o DNA, o corpo consegue, quase sempre, promover o reparo desses danos através de eficientes mecanismos que recompõem as atividades celulares. Com o passar dos anos as alterações que não foram reparadas vão se acumulando e, eventualmente, podem levar à perda de controle dos processos vitais da célula. Deste modo, a célula mutada passa a agir independentemente em vez de cooperativamente, dividindo-se de modo descontrolado, até formar uma massa celular denominada tumor.
"O câncer precisa de vários anos para se desenvolver. O processo geralmente se inicia com uma alteração, que pode ser causada por diversos fatores: tipo de dieta, tabagismo, exposição ao sol, certas substancias, radiações, etc. [...] No desenvolvimento deste tipo de câncer tem influencia direta: familiares diretos que tenham sofrido câncer de mama, uso prolongado de anticoncepcionais orais, menarca precoce, obesidade pós – menopausa ou nunca ter engravidado." (GUYTON, 1999, p.35)
Um tumor é denominado benigno quando ele não invade os tecidos vizinhos ou se transloca, via sangüínea, para outros locais. Esses tumores são quase sempre facilmente removidos cirurgicamente. Por outro lado, se as células tumorais crescem e se dividem, invadindo outros locais, são denominadas malignas ou cancerosas. Essas células podem ter a habilidade de se espalhar pelos tecidos sadios do corpo, por um processo conhecido como metástase, invadindo outros órgãos e formando novos tumores.
Portanto, o câncer pode ser definido como uma doença degenerativa resultante do acúmulo de lesões no material genético das células, que induz o processo de crescimento, reprodução e dispersão anormal das células (metástase).
O setor de Serviço Social pauta suas atividade com enfoque no acolhimento, que se traduz pela habilidade em acolher o usuário como processo de escuta, de resposta e responsabilização frente a todas as situações sócio-assistenciais demandadas pelos pacientes, familiares e instituição. A integração das equipes, serviço-usuário, um intercambio e a cooperação entre os integrantes, facilita a assistência ao usuário, possibilitando maior resolutividade. A qualidade do atendimento depende da relação da equipe com o paciente e familiares, ou seja da atitude assumida pelos profissionais.
A atuação do serviço social em oncologia é bastante ampla na prevenção, assistência e cuidados paliativos, as relações familiares vinculadas ao serviço social incorporam neste trabalho a complexidade e sistematização de condutas, sendo os membros da família atores importantes no cuidado a pacientes em internação domiciliar e hospitalar, discutindo questões de gênero e enfrentamento da morte.
"Um diagnostico social perfeito é aquele que abrange todos os fatores principais que importam à reconstrução social com inclusão de todos os dados que se possa afirmar o tratamento social a empreender, devendo evitar sempre qualquer preferência por fatores causais, resultante de impulsos, pré disposições ou simpatias pessoais." (RICHMOND, 1950, p. 305)
O Serviço Social tem participado na construção de conhecimento a respeito de ser humano, suas relações sociais e o enfrentamento de questões sociais em diversas áreas. A área de saúde tem se destacado por constituir o maior campo da prática profissional do Assistente Social.
Intervir junto aos pacientes e seus familiares, numa linha sócio-educativa de cunho humanizador, incentivando-os a participarem do processo de recuperação da saúde na condição de cidadãos, democratizando as informações disponíveis no âmbito hospitalar de forma a garantir o acesso aos serviços oferecidos e resolutividade das situações sociais que interferem no processo saúde-doença através dos recursos institucionais e comunitários.
Nesta lógica finalizamos acentuando que todo trabalho do Serviço Social em Saúde só se justifica se tem por objetivo a qualificação do atendimento prestado aos seus usuários.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Análise do filme - Um Estranho no Ninho

Este foi um best-seller influente do autor norte-americano Ken Kesey, e que foi transformado em filme de grande sucesso pelo diretor tcheco Milos Forman. É a história de Randall McMurphy, um preso rebelde que finge ser louco para ser transferido para o que ele pensou ser um lugar mais fácil de viver, o asilo de loucos. Contudo, as atitudes do personagem não demonstram nenhum problema na saúde mental o que gera grandes discussões entre ele, a enfermeira Mildred Ratched e os médicos da clínica.
O nome deste filme – Um Estranho no Ninho – reflete bem o seu conteúdo pois mostra a relação, e as conseqüências da relação, entre uma pessoa que ao se inserir numa sociedade "quebra" a rotina da mesma desrespeitando a ordem vigente, mostrando claramente sua propensão às teorias críticas da psiquiatria como a antipsiquiatria. “A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal.” (Foucault).
Ao entrar no sanatório McMurphy observa toda a rotina monótona a qual os pacientes eram submetidos e, como não se adapta a ela tenta mudá-la. Ao fazer isto é reprimido pelos dirigentes, médicos e enfermeiros do local. Por diversas vezes sua insanidade foi contestada mas como era de seu interesse, McMurphy fazia se passar por doente mental.
Se lembrarmos de uma cena do filme estaremos com um caso típico de um anormal sadio, levando em conta que conceito de normal e patológico é extremamente relativo, sempre levando em conta as adequações da sociedade onde o indivíduo esta inserido. A cena em que todos andam em círculos e sentem-se acomodados com aquilo, na mesma cadência, um atrás do outro, em círculo, servindo para uma verdadeira "lavagem cerebral" tendendo exatamente à anulação das vontades individuais, o nosso "anormal" revolta-se e começa a andar em sentido inverso, assustando a todos, que ficam desesperados com a nova situação. Ele passa a ser um anormal que deve ser contido com remédios tranqüilizadores, o comportamento é anti-social, transtorno para o qual, a psiquiatria não tem até hoje, intervenção eficaz e onde afloram os procedimentos mais questionáveis dos hospitais (medicações, eletrochoque e lobotomia)
As punições feitas através de agressões físicas como choques elétricos, visavam na verdade assustar os outros pacientes para evitar que fizessem o mesmo.
Com o passar do tempo os outros pacientes foram encontrando em McMurphy aquilo o que eles gostariam de ter mas não podiam devido à organização da clínica, ou seja, elegeram McMurphy como um líder e ao mesmo tempo como um "protetor" contra as ameaças de punições, já que este não demonstrava medo ao receber uma punição e mantinha o seu principal objetivo: alcançar a liberdade.
McMurphy buscou no sanatório uma forma de tornar-se livre já que por várias vezes foi preso. Imaginou que ao se fazer passar por "louco" teria sua liberdade alcançada pois os loucos podem fazer tudo o que querem já que são loucos. Se o conceito real de liberdade fosse o entendido por McMurphy, ele teria conseguido, mas como não o é o mesmo deveria Ter-se ajustado aos limites de liberdade do sanatório.
Outra parte marcante é quando a enfermeira descobre que McMurphy contrabandeou duas mulheres para dentro da enfermaria, ela ameaça contar para a mãe de um jovem paciente Billy, que se suicida, levando a um enraivecido McMurphy tentar estrangular a enfermeira Ratched, que tendo o sistema em suas mão, convence os médicos a entrarem com uma intervenção cirúrgica para conte-lo. McMurphy é lobotonizado, transformado num zumbi complacente e retorna para a enfermaria onde é aliviado do sofrimento pelo amigo índio que o mata (livrando McMurphy de sua nova existência vegetal) e depois escapa.
O filme em certos pontos demonstra as técnicas da psiquiatra clássica onde a doença é tratada como orgânica, curável com medicamentos ou procedimentos médicos mas em sua essência o estranho no ninho é um poderoso filme antipsiquiátrico e foi baseado na tradução dos estudos de Michel Foucault sobre prisão e loucura
O enredo é altamente eficaz em retratar o sanatório, o uso de drogas, os eletrochoques e a lobotomia como métodos de repressão do livre arbítrio humano. Ele foi tremendamente influente, no que se dispôs a retratar – a teoria de antipsiquiatria. A história é conduzida de modo apoiar os internos, ao invés de seus guardiões. Deste modo o filme demonstrou as atrocidades passadas pelos “loucos” em um sanatório, como o eletrochoque e a lobotomia e reforçou a tese de que estes procedimentos não eram corretos, e não surtiam efeito, levando-os ao desuso por serem consideradas “ferramentas politicamente incorretas", métodos indesejáveis e ditatoriais da sociedade estabelecida para impor castigo e submissão as normas.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Resenha Critica das teorias da Administração - Taylor e Fayol

Administração Científica de Taylor

Exploração dos empregados: a Administração Científica faz uso da exploração dos funcionários em prol de seus interesses. Há um estímulo à alienação do funcionário, falta de consideração do aspecto humano e deficiência das condições sociais.
Esse é um momento onde o patrão pensa que como ele paga o salário pode explorar o empregado, não percebendo que esse ser humano tem uma vida social fora do trabalho e que o ambiente influencia nas ações e satisfação do empregado. Deve-se sempre levar em consideração o aspecto biopsicosocial do empregado, o que comumente não ocorre nas organizações, onde não são aceitas explicações e somente ocorre imposição do patrão perante seu empregado levando o mesmo a ficar desanimado e desmotivado, não rendendo o seu máximo e influenciando nos rendimentos da empresa. Isso leva a um círculo vicioso onde diminuem os lucros, aumentam as pressões, com imposição, e com isso ocorre maior desmotivação.


Teoria Clássica da Administração de Fayol

Abordagem típica da teoria da máquina - a organização era vista como uma máquina: mecânica, lógica e determinística.
Esse modelo administrativo não é correto tendo em vista as infinitas variáveis que acometem o empregado como ser humano, além de que sendo uma máquina não seria possível a utilização do fator subjetividade, inteligência e dinamismo, sendo o processo sempre igual mesmo tendo intervenções que seriam benéficas a empregado e empregador, o que resultaria em uma maior produtividade e resultados.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cidadania

O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente
dos negócios e das decisões políticas.
Ao longo da história o conceito de cidadania foi ampliado, passando a englobar um conjunto de valores sociais quedeterminam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão.
Infelizmente o desrespeito aos direitos e deveres do cidadão, o desrespeito à cidadania, é muito comum nos dias de hoje.
E isso contribui enormemente para o agravamento dos problemas sócio-ambientais e para a questão da qualidade de vida da população.
Constantemente vemos desrespeito ao patrimônio público, ao patrimônio ambiental, aos direitos do próximo, ao espaço, à liberdade, à vida.
Enquanto houver desrespeito a pessoa humana, agressão à natureza, desemprego, deficiência na prestação de serviços público, políticos corruptos, não se pode falar em felicidade e, muito menos, em cidadania.
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas de trânsito, respeitar o próximo, a diversidade, não destruir telefones públicos, votar com consciência, ser honesto nos negócios, praticar o voluntariado, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário... até saber lidar com a exclusão social.
Cidadania é a participação de todos em busca de benefícios sociais e igualdade. É o exercício dos direitos e o cumprimento dos deveres.
É um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada.
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar sua vida e a de outras pessoas.
Ser cidadão é participar da vida social do seu país, cumprir seus deveres e exercitar seus direitos, com liberdade e responsabilidade, sempre buscando a realização da igualdade social e a prática do bem comum.
Ser cidadão é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. É ter consciência de que é sujeito de direitos.
Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais.
Se realmente queremos ser cidadãos plenos e conscientes de nossos deveres de cidadania, temos que lutar para que sejam cumpridas todas as leis!
Conquiste seu título honroso de cidadão combatendo as atrocidades que hoje se alastram por cada canto de nossa sociedade. Respeite os direitos do próximo, lute pelos seus direitos e atente para os seus deveres. Através da cidadania é que iremos alcançar uma melhor qualidade de vida humana.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O que significa?? - Quarta Parte

PRAGMATISMO

Dicionário Aurélio - Doutrinas segundo a qual as idéias são instrumentos de ação que só valem se produzem efeitos práticos.

Dicionário de sociologia - Corrente filosófica segundo a qual uma idéia deve ser julgada por sua funcionalidade e não pelo modo como parece ou soa. William James, com freqüência chamado o fundador do pragmatismo, disse certa vez que ele era “um novo nome para velhas maneiras de pensar”. O pragmatismo acha que nada é “evidente”. Uma idéia é verdadeira se funciona, e falsa se não funciona. O funcionalismo tem sido considerado uma filosofia peculiarmente norte-americana.

Segundo o pragmatismo, não podemos julgar uma idéia verdadeira ou falsa apenas observando-a; consideramos uma proposição verdadeira se ela provar ser eficaz em ligar o passado e o futuro e organizar as experiências atuais de modo que nos satisfaça. Portanto, uma idéia pode ser verdadeira sob certas circunstâncias e falsas em outras.

PSICOLOGISMO

Dicionário da língua portuguesa - Tendência para reduzir os problemas filosóficos a problemas de psicologia.

Dicionário de filosofia – “Designa qualquer filosofia que assuma como fundamento os dados da consciência como reflexão do homem sobre si mesmo. Termo constantemente empregado para designar a confusão entre gênese psicológica do conhecimento e a sua validade” (ABBAGNANO, 2000)

RACIONALISMO

Dicionário Aurélio - Método de observar as coisas, baseado unicamente na razão. Atividade do espírito de caráter puramente especulativo. Doutrina que privilegia a razão como fonte do conhecimento.

Vocabulário técnico e critico da filosofia – “Doutrina segundo a qual a experiência só é possível para um espírito que possua razão no sentido D, quer dizer, um sistema de princípios universais e necessários que organiza os dados empíricos. No sentido metafísico, doutrina segundo a qual nada existe que não tenha a sua razão de ser, de tal maneira que por direito, senão de fato, não há nada que não seja inteligível” (LALANDE, 1999)

REALISMO

Dicionário Aurélio - Qualidade ou estado do que é real; atitude de quem se prende ao que é real; verdadeiro objetivo realista.

Dicionário de Filosofia – “È o nome da atitude que se limita aos fatos “tal como são”, sem pretender sobrepor-lhes interpretações que os falseiam ou sem aspirar a violentá-los por meio dos próprios desejos. O realismo equivale a certa forma de positivismo, já que os fatos de referência são concluídos como “fatos positivos”” (MORA, 1998)